Até onde podemos rir? Assinado por Bruno Nogueira, Tabu é um programa que combina emoção e comédia e que prova que o humor é para todos. Durante uma semana, Bruno Nogueira vai viver com cada grupo, ouvir as suas histórias, perceber como se integram, como são olhados e os obstáculos com que vivem. Depois, irá tornar estas histórias as protagonistas de um espetáculo de stand-up sem limites.
"Tive uma chefe que me disse: 'você tem muita sorte, porque mais ninguém aceitaria uma bicha a trabalhar aqui na faculdade'"
Neste último Tabu, Bruno Nogueira passa uma semana com quatro pessoas LGBT e, juntos, tentam perceber se é possível rir das diversidades. No confronto entre os preconceitos de género da sociedade e a liberdade individual de cada um, o caminho destas pessoas é feito de dor e angústia. "Quando sais do armário já não queres voltar a entrar, porque é um sítio de muita opressão e de muita dor". "A minha identidade não estava concordante com o que a sociedade me tentava impor. Quando me tratavam por rapaz, isso incomodava-me", esclarece Guadalupe, uma mulher trans que na adolescência sofreu de depressão e chegou a tentar suicidar-se. "A hostilidade que eu enfrentava com um mundo tão intolerante" foi a razão de grandes angústias, assume. Ao longo de uma hora de programa, foram muitos os momentos em que Bruno Nogueira e os seus convidados deram vários exemplos de insultos e situações de discriminação relativamente à população LGBT, o que leva a enormes problemas internos: "A prevalência de doença mental na população LGBTQIA+ é mais elevada do que na população em geral e nos trans dispara", afirma Hélder Bértolo, presidente da Opus Diversidades.
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4/25/2023 • 1 hour, 11 minutes, 55 seconds
"Vivi 10 anos com uma amiga. Um dia fomos a um festival LGBT e ao sair a polícia matou-a e disse-me que eu ia desaparecer. Por isso, fugi da Rússia"
Margarita Sharapova tem 60 anos e é uma artista e escritora russa. Foi obrigada a fugir do seu país por causa dos livros que escreveu, que foram todos proibidos em território russo. Fugiu, com medo, depois de várias ameaças à sua integridade física. Da boca da polícia russa ouviu: “Russos não podem ser lésbicas nem gays”. Este é apenas um dos quatro casos de refugiados que vivem hoje em Portugal. Neste episódio Bruno Nogueira traz à televisão portuguesa grandes histórias de vida de pessoas que tiveram de abandonar os seus países e respetivas famílias. See omnystudio.com/listener for privacy information.
4/18/2023 • 1 hour, 11 minutes, 55 seconds
“Eu sou o 'amigo preto' de muita gente. A comunidade branca precisa de exemplos positivos que provem que está tudo bem”
Será que existe racismo, discriminação e preconceito em Portugal? A resposta é óbvia também segundo os exemplos e experiências que Susana Silveira, Luana Aparecida, Xinyi Li e Pedro Filipe trazem a este episódio de Tabu, de Bruno Nogueira, em podcast. Luana reflete sobre o sexismo e xenofobia que sentiu apenas por ser brasileira a viver em Portugal, e a imagem que muitos assumem apenas por vir daquele país: "É uma garota de programa, é uma mulher mais fácil." Pedro, nascido em Cascais e adotado por pais brancos, confessa que "para a comunidade negra também não era bem visto como negro". Ouça aqui o terceiro episódio da segunda temporada de Tabu.See omnystudio.com/listener for privacy information.
4/11/2023 • 1 hour, 17 minutes, 26 seconds
"Quando nasci os meus olhos eram enormes, podiam rebentar. Conseguia ter alguma visão, mas aos 23 anos fiquei sem ver totalmente"
Um cego a espalhar manteiga num pão? Eis um tema polémico e delicado. "Não gosto de encontrar muita manteiga junta, por isso se estiver sozinha é seguro que não como pão com manteiga". Durante uma semana, Bruno Nogueira viveu com um grupo de cegos, ouviu as suas histórias, percebeu como se integram, como são olhados e os obstáculos com que vivem. Depois, tornou estas histórias as protagonistas de um espetáculo de stand-up sem limites. Oiça aqui o segundo episódio da segunda temporada de Tabu.See omnystudio.com/listener for privacy information.
4/4/2023 • 1 hour, 8 minutes, 39 seconds
“Agora que sou velha faço o que gosto e quero”: a reforma, o sexo e os planos de vida na terceira idade
Fernanda Teixeira, Silvestre Fonseca, Noémia Ribau e Alice de Jesus. Quatro idosos (ou velhos, que eles não se importam) que fizeram companhia a Bruno Nogueira na estreia da segunda temporada de Tabu, transmitido na SIC e agora disponível em podcast. Nascidos há mais de 70 anos, todos concordam que é possível manter a vida sexual ativa na velhice: "Desde que não haja doenças, há condições para que a vida sexual exista até à morte". É possível fazer humor com o envelhecimento do corpo? E o que define a velhice? Será "velho", "sénior", "idoso", ou ainda "terceira idade"? "Já encontrei pessoas novas que são velhas e velhas que são novas", aponta Silvestre. Muita sabedoria e experiências partilhadas sobre as relações que começaram noutro tempo: "Sexo foi no dia do casamento. Parece que me tirava a virgindade só com um beijo", conta Noémia.See omnystudio.com/listener for privacy information.