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Portuguese, Interview, 2 seasons, 24 episodes, 12 hours, 50 minutes
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Entrevistas com personalidades das mais diversas áreas
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Boris Fausto: ‘PT sem Lula é capenga; PSDB sem FHC é mais ainda’

O historiador Boris Fausto pode até antever – e querer – um país bem menos desigual e “odiento” em 2031, quando completará 100 anos de idade. Mas neste momento, aos 89, afirma haver risco real de o Brasil recair em uma ditadura em razão da personalidade autoritária que preside o país e da falta de líderes que, com ressonância na população, encarnem a defesa da democracia. Fausto não tem dúvidas sobre o perfil de extrema-direita do presidente Jair Bolsonaro. Mas ainda espera que as contínuas reações de vários setores, entre os quais o cultural, impeça essa “descida do país aos infernos”. Em entrevista a Amarelas em Vídeo, o estudioso que detalhou a história do Brasil desde a colônia aos tempos modernos e que escreveu clássicos como A Revolução de 1930, explica a vitória eleitoral de Bolsonaro e avalia que nenhum outro presidente, “nem de longe”, se assemelha a ele. Registra a parcela de responsabilidade do PT nessa ascensão da extrema-direita, mas também é duro com relação ao destino político do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a quem não vislumbra outra vez no Palácio do Planalto, e de seu partido. “O PT sem Lula é capenga de uma das pernas”, afirma, para em seguida enfatizar que o tucanato sem o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso “é mais ainda”. “O PSDB, como foi criado, não existe mais.” Boris Fausto comenta as novas lideranças claramente engajadas na campanha presidencial de 2022 como alternativas a Bolsonaro. Também fala de sua guinada literária ou jornalística nos últimos anos, com obras como O Crime da Galeria de Cristal, que marcou seu encontro com Albertina, um personagem real polêmico entre os paulistanos no início do século XX.
3/17/202031 minutes, 23 seconds
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Bia Haddad sobre suspensão por doping: ‘Fui do céu ao inferno em 10 dias’

Beatriz Haddad Maia, 23 anos, é a melhor atleta do tênis feminino brasileiro. Em junho de 2019, sua carreira foi interrompida por um exame de doping, que acusou a presença de duas substâncias anabolizantes proibidas em seu organismo. “Fui do céu ao inferno em menos de 10 dias”, conta Bia em entrevista ao programa Páginas Amarelas, sobre o momento em que recebeu a notícia sobre o teste. Ela havia acabado de vencer a ex-número 1 do mundo Garbiñe Muguruza em sua estreia na temporada 2019 do torneio de Wimbledon, em Londres. Desde que o resultado de seus exames foi liberado, a tenista pausou sua carreira. Em fevereiro deste ano, Bia Haddad recebeu o veredito da Federação Internacional de Tênis (ITF) que, apesar de aceitar o fato de as substâncias proibidas encontradas nas amostras da atleta terem surgido de forma não intencional, a condenou a 10 meses de suspensão. Como a contagem do prazo é retroativa, a tenista ficará livre para atuar profissionalmente nas quadras a partir de 22 de maio de 2020. Na entrevista, Bia Haddad conta como foram os meses em que ficou parada, esperando o julgamento da ITF, como se prepara para voltar às quadras e quais são suas expectativas para o futuro de sua carreira. “Nos seis primeiros meses foi difícil ir aos clubes e ver as pessoas me olharem diferente, ver as pessoas que você gosta duvidarem de você”, relata. “Estou usando esse tempo para aprender, fazer coisas novas e voltar mais forte”.
3/10/202028 minutes, 20 seconds
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É provável termos uma vacina para coronavírus até o final do ano, diz Celso Granato

Desde janeiro, o Sars-CoV-2, nova cepa de coronavírus identificada na China, causa preocupação devido ao aumento constante do número de pessoas diagnosticadas com a doença respiratória Covid-19. A chegada do vírus ao Brasil na semana passada causou pânico e corrida aos hospitais, unidades de saúde e farmácias em busca de álcool gel e máscara de proteção. “Toda vez que a gente tem um surto novo, as pessoas têm medo. Mas a gente não detectou, até esse momento, não há circulação interna do vírus. Então não há necessidade de toda essa preocupação. É possível que mude? Eu acho que é possível. Mas nesse momento eu não vejo uma justificativa para isso”,  afirma o infectologista Celso Granato, diretor clínico do Grupo Fleury, em entrevista ao programa Páginas Amarelas. Granato está satisfeito com a resposta do Ministério da Saúde como resposta ao coronavírus, mas ressalta que é preciso lembrar outros problemas de saúde pública enfrentados no país, como dengue e sarampo. “A gente fica com um pouco de preocupação. Será um que um país que tem esse tipo de situação de saúde vai conseguir implementar tudo aquilo que está sendo proposto? Se nós fizermos isso direitinho, acho que a gente vai ter uma epidemia ou surto controlado”, diz o especialista. Ele enfatiza ainda a importância de cada pessoa fazer sua parte para prevenir a disseminação da doença ao colocar em prática a etiqueta respiratória e a higienização constante das mãos. Enaltece a velocidade inédita no desenvolvimento de um tratamento e de uma vacina contra a doença respiratória e desmente as principais fake news disseminadas nas redes sobre curas milagrosas e recomendações preventivas contraditórias contra o novo coronavírus.
3/3/202033 minutes, 15 seconds
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“Vi os planos de 90, de 2010 e agora de 2020. Estou ansioso”, diz Semenzato

Para empreender num país como o Brasil, precisa ser um pouco de tudo. Ousado, inteligente, versátil. Mas não é preciso ser rico, garante José Carlos Semenzato, um ex-vendedor de coxinhas que criou fortuna com cursos de informática e redes de franquias. Desde o ano passado, ele integra o grupo de investidores do reality show Shark Tank Brasil. Segundo Semenzato, ele está lá justamente para mostrar que é possível ser bem-sucedido a partir de esforço, foco no trabalho e ética. Com a fama, o empresário diz que muita coisa mudou sem sua vida. Suas empresas, como Espaçolaser, OdontoCompany, Oakberry e L'Entrecóte de Paris já eram reconhecidas pelo grande público — afinal, faturou mais de 1,3 bilhão de reais em 2019. Mas seu rosto não era até ir para a frente das câmeras. Pessoas passaram a reconhecê-lo, a abordá-lo e a pedir autógrafos. Apesar disso, diz que não tem medo de andar nas ruas por ser um bilionário reconhecível. “Não tenho paranoia. Temos que levar uma vida normal”, comenta. Ele está otimista com o Brasil. Apesar das caneladas verbais do presidente Jair Bolsonaro e do ministro da Economia, Paulo Guedes, diz perceber um clima de esperança entre os empresários. “Vi os planos de 90, de 2010 e agora de 2020. Estou ansioso”, diz. Semenzato visitou os estúdios de VEJA no fim de janeiro. Ouça na íntegra sua entrevista ao editor Machado da Costa.
2/18/202028 minutes, 44 seconds
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Wanessa Camargo fala sobre depressão: ‘Fiquei 8 meses procurando um norte’

Wanessa Camargo, 37 anos, completa duas décadas de carreira em 2020. E que trajetória: durante esse período ela foi do pop para o eletrônico, do hip hop para o sertanejo, e agora está de volta ao pop. Para a cantora, essa constante mudança faz parte da sua personalidade. E quem sabe o próximo álbum poderá se de rock pesado (brincadeira). Nascida em Goiânia, mas há tempos radicada em São Paulo, a cantora é filha de Zezé di Camargo, um dos maiores nomes da música sertaneja em todos os tempos. Wanessa fala das dificuldades de sair à sombra do pai. A recente separação de Zezé com Zilu, mãe da artista, também entra em pauta. Wanessa comenta como superou o fato de que os pais não está mais juntos e que nos últimos tempos se aproximou de Graciela Lacerda, atual mulher do pai. No campo pessoal, Wanessa fala de sua batalha contra a depressão, que motivou a escrever a canção Desiste Não, seu último single. Mulher Gato, pop dançante no qual ela aparecia em poses sexy, também foi assunto da entrevista. Segundo a cantora, é uma maneira da mulher com mais de 30 anos e mãe expressar sua sensualidade. “Temos de ter criatividade”, diz.
2/11/202031 minutes, 55 seconds
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‘Não dependa do INSS, o governo não pagará sua conta’, diz Nathalia Arcuri

Com a aprovação da reforma da Previdência, que apertou as regras para o trabalhador se aposentar, o brasileiro precisa começar a planejar a sua vida financeira para quando resolver deixar o mercado de trabalho. “Não dependa do INSS. O governo não vai pagar a sua conta. Ou você começa a fazer a sua reserva agora e faz o seu dinheiro trabalhar para você, ou, depois, não vai adiantar chorar”, afirmou a especialista em finanças pessoais Nathalia Arcuri, em entrevista a Alessandra Kianek, editora de VEJA, no programa Páginas Amarelas. A youtuber, que tem mais de 4,5 milhões de inscritos em seu canal na internet, defendeu a necessidade da reforma, mas alertou: “Se já está difícil para quem é aposentado hoje, vai ficar muito pior para quem for se aposentar amanhã.” Segundo ela, para planejar uma velhice mais confortável financeiramente, o melhor que todo mundo faz é entender e aprender sobre investimentos. “Para quem quer se aposentar daqui a 10 anos, a corrida tem de ser muito maior. O esforço de trabalho para fazer mais dinheiro é muito maior. Já para quem tem tempo, o esforço é muito menor, porque tem a ação de juros sobre juros.” Por esse motivo, Nathalia defende o planejamento o quanto antes, ainda na juventude. Ela mesma começou cedo a cuidar do próprio dinheiro para realizar um sonho. Aos 8 anos, descobriu que não ganhava mesada e que os pais não faziam uma poupança para ela, e aí resolveu começar a guardar o dinheiro do lanche, para poder comprar um carro quando fizesse 18 anos. “Objetivos claros me ajudaram a dizer não para tudo aquilo que era menos importante.” Com a Selic, a taxa básica de juros da economia brasileira no mais baixo nível da história, as pessoas precisam buscar alternativa para fazer o seu dinheiro render mais, já que aplicações mais conservadoras em renda fixa irão perder da inflação neste ano. “A pior coisa que alguém pode fazer hoje em dia é deixar o dinheiro na poupança. Quem deixar as economias na poupança em 2020 vai perder dinheiro”, afirmou Nathalia. Isso vai acontecer porque a inflação será maior do que o ganho da caderneta. A saída, segundo ela, é ir para a renda variável. “Com os juros nos níveis atuais, não tem jeito, as pessoas terão de entender mais sobre fundos imobiliários, fundos de ações, fundos multimercados e ações de empresas. E mesmo quem tem pouco dinheiro pode ganhar sim. Não estamos falando só de quem é rico.” Para quem quer começar a aplicar o seu dinheiro, a youtuber recomenda buscar aprendizado sobre finanças e investimentos. “É necessário pegar um tempo na sua vida, ao menos 5 minutos do seu dia, para estudar. Chegou o momento em que não dá mais para a pessoa ficar passiva na sua vida financeira, como se ela não tivesse nada a ver com isso.” Aplicar em renda variável pode render mais ganhos, mas oferece mais risco e requer sangue frio em momentos de turbulência, como este de agora da epidemia de coronavírus. “Quanto mais despreparado esse investidor estiver mais essas oscilações vão desestabilizá-lo. A bolsa é um investimento de longo prazo. Eu tenho ações que nesta semana tiveram oscilação para baixo, mas estou olhando para o médio e longo prazos. Então, eu não vou tirar o dinheiro agora, porque sei que vai se recuperar.” Quem colocar dinheiro em bolsa de valores tem de saber que uma gripe na China pode derrubar seus investimentos aqui no Brasil.
2/4/202033 minutes, 59 seconds
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Rubens Barbosa: Aproximação entre Bolsonaro e Trump não significa alinhamento entre Brasil e EUA

Ex-embaixador em Washington e Londres, Rubens Barbosa, presidente do Instituto de Relações Internacionais e Comércio Exterior (Irice), diz não ver flexibilização na Política Externa conduzida pelo chanceler Ernesto Araújo. Mas observa a agenda internacional se impor nas decisões do governo, sobretudo no capítulo do Meio Ambiente.  “A influência das políticas ambientais sobre as negociações comerciais é um fato hoje”, afirmou em entrevista no programa Páginas Amarelas em Vídeo, para lembrar que a questão está presente no acordo Mercosul-União Europeia e nas regulações da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), na qual o Brasil pleiteia seu ingresso. “Ou por pragmatismo ou por realismo político, (o governo) vai ter de se ajeitar”, completou. Para o veterano diplomata, a aproximação do Brasil com os Estados Unidos não avançou mais do que no passado, apesar da azeitada aproximação entre os presidentes Jair Bolsonaro e o americano Donald Trump. Em sua visão, não é possível falar em alinhamento automático entre Brasília e Washington. No plano externo, Barbosa não vê chances de impeachment de Trump e considera que, nas urnas de novembro, a única alternativa da oposição democrata está na candidatura do empresário e ex-prefeito de Nova York Michael Bloomberg. Sobre o Brexit, que começa a valer no plano jurídico na sexta-feira 31, avisa que a saída do Reino Unido da União europeia só se dará, na prática, ao final das negociações comerciais entre os dois lados do Canal da Mancha. Cético sobre o término dessas conversas até o final deste ano, como está previsto, o ex-embaixador em Londres antevê o equilíbrio da economia britânica como principal desafio do premiê Boris Johnson. Alerta, porém, para a necessidade de o Mercosul já se preparar para conversas sobre comércio com o Reino Unido.
1/28/202036 minutes, 7 seconds
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Roberto Minczuk: ‘Beethoven foi o primeiro heavy metal’

2020 está sendo considerado o “ano Beethoven”. Embora o aniversário de 250 anos do compositor alemão seja comemorado somente no dia 17 de dezembro, as principais orquestras do Brasil e do mundo colocaram as criações do gênio de Bonn no roteiro desse ano. Uma delas é a Orquestra Sinfônica Municipal (São Paulo), que irá interpretar as sinfonias, os concertos, um oratório e a única ópera escrita por Beethoven. Roberto Minczuk, regente titular do conjunto erudito, explica ao Amarelas em Vídeo por que a música do alemão é importante até nos dias de hoje. Ele ressalta os avanços do compositor em relação ao que era feito naquele período, seu diálogo com os tempos atuais (o que indica até uma associação curiosa com o rock pesado), as inovações que trouxe para o universo erudito e as dificuldades de se reger suas obras. “Em Bach e Mozart até dá para uma orquestra tocar sozinha. Isso não acontece com Beethoven”, comenta. Minczuk fala ainda da devoção de seu mentor, o maestro alemão Kurt Masur (1927-2015), que aos 84 anos ainda se dava ao luxo de estudar as partituras do compositor. A entrevista se encerra com um guia básico das obras de Beethoven.
1/21/202032 minutes, 24 seconds
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Claudio Lottenberg está disposto a trocar a área da saúde pela política

O movimento de entrada de outsiders na política Brasil ganhou a adesão de um dos nomes mais respeitados da área de saúde do Brasil. Presidente do Conselho do Hospital Israelita Albert Einstein, um dos maiores e mais bem renomados centros privados de saúde do país, Claudio Lottenberg acompanha atentamente os movimentos de bastidores das eleições municipais de São Paulo. Depois de um rápido flerte com o Novo, que o sondou sobre a ideia de lançar o nome dele para concorrer à prefeitura da cidade pelo partido, Lottenberg vem conversando sobre isso com outros partidos e não descarta também a possibilidade de ocupar algum cargo público como secretário municipal ou estadual de São Paulo. “Quero contribuir com minha experiência para a elaboração de boas políticas públicas”, afirma. “A passagem pela iniciativa privada traz a capacidade de planejamentos a médio e longo prazo, e claro, discernimento para resolver o que é urgente”, completa.
1/14/202030 minutes, 24 seconds
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A volta da CPMF é um equívoco, diz Zeina Latif

O ano de 2019 foi mais positivo do que frustrante. Essa é a opinião de Zeina Latif, mestre e doutora em economia e economista-chefe da XP Investimentos. “Teve um momento no primeiro semestre que as expectativas pioraram bastante, com o risco de um desempenho pífio do PIB, menor até que o de 2017 e de 2018. Mas a aprovação da reforma da Previdência, com um impacto fiscal relevante, associada à redução da taxa de juros e à liberação de crédito, levou a uma dinâmica mais favorável para a economia. Teve também a liberação de recursos do FGTS e as concessões de infraestrutura. Juntando tudo isso, cria-se vetores para chegar a um crescimento maior em 2020. Mesmo que 2019 não tenha sido um ano brilhante, as variáveis econômicas nos levam a crer que o risco de decepções para este ano diminuiu muito”, afirmou Zeina, em entrevista a Alessandra Kianek, editora de VEJA, no programa Páginas Amarelas.
1/7/202031 minutes, 49 seconds